O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor apresentou crescimento de 4,2% em março, na comparação com fevereiro deste ano. Na variação anual – março de 2014 contra o mesmo mês de 2013 – o índice registrou queda de 1,8%, representando o décimo recuo interanual consecutivo. O primeiro trimestre de 2014, em relação ao mesmo período do ano anterior, também apresentou declínio de 2,7%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o tradicional acúmulo de compromissos financeiros do primeiro trimestre (IPVA, IPTU, material escolar, despesas com as férias, etc.) combinado com as altas da inflação, puxada pelos alimentos, e das taxas de juros, dificultaram o ambiente para o consumidor honrar as suas dívidas em março, ocasionando elevação da inadimplência.
Todas as modalidades de inadimplência do consumidor apresentaram alta em março de 2014. As dívidas com os bancos e os cheques sem fundos foram os principais responsáveis por esse crescimento, com variações positivas de 3,6% e 14,2% e contribuições positivas de 1,6 p.p. e 1,6 p.p., respectivamente. A inadimplência não bancária (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) e os títulos protestados também subiram 1,9% e 6,5% e contribuíram de forma positiva com 0,8 p.p. e 0,1 p.p., respectivamente.
Valor médio da inadimplência não bancária apresenta queda
O valor médio da inadimplência não bancária apresentou queda de 6,2% no primeiro trimestre de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. As dívidas com os bancos e os títulos protestados também registraram declínio de 6,4% e 0,5%. Já os cheques sem fundos tiveram alta de 3,3%.
A série histórica deste indicador está disponível em:
Metodologia do Indicador
O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional. Considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com bancos e dívidas não bancárias (lojas em geral, cartões de crédito, financeiras, prestadoras de serviços como fornecimento de energia elétrica, água, telefonia etc.) em todo o país. Por levar em conta o inadimplemento das pessoas físicas nas mais diversas modalidades – e não apenas dentro do sistema financeiro –, o índice da Serasa Experian consegue capturar movimentos cíclicos de inadimplência, que, muitas vezes, revelam ocorrências que vão se manifestar no sistema bancário dentro de 6 a 12 meses.