Mais três pessoas morreram na capital paulista em decorrência da dengue, informou a Secretaria Municipal de Saúde. As vítimas foram um homem de 68 anos e duas mulheres, de 34 anos e 69 anos, respectivamente. As pessoas moravam nas regiões do Tremembé (zona norte) e do Jaguaré (zona oeste). Com isso, a cidade totaliza quatro mortes por dengue desde o início deste ano.
Segundo levantamento da secretaria, foram registrados 4.514 casos este ano, mais que o dobro contabilizado no mesmo período de 2013. Durante o ano passado inteiro, foram registrados 2.617 casos da doença.
A taxa de incidência na cidade está em 40,1 casos para cada 100 mil habitantes, considerada baixa pela regra do Ministério da Saúde. Algumas regiões da cidade na zona oeste, porém, registraram alta taxa de incidência. No Jaguaré, foram feitas 733 notificações, o equivalente a 1.470 casos para cada 100 mil habitantes, um nível alto. Na Lapa, foram 321 casos, ou seja, 488,3 infectados para cada 100 mil habitantes, número também considerado alto.
A prefeitura informou que mais de 443 mil imóveis foram visitados pelas equipes de saúde e 28 mil foram nebulizados. No início do mês, a prefeitura de SP fez uma ação conjunta com a de Osasco para ações de nebulização, orientação à população e eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
A situação no estado de São Paulo é pior na cidade de Campinas, que enfrenta epidemia da doença. O município, que fica no interior, teve 21.967 casos de dengue desde o começo deste ano, informou a Secretaria Municipal de Saúde. O município já registrou uma morte por dengue, de uma mulher de 69 anos, e quatro mortes estão sendo investigadas.
Em razão do grande número de doentes, a cidade deixou de realizar os exames de sorologia. Assim, pacientes que chegam à rede de saúde em Campinas com os sintomas da doença recebem tratamento imediatamente. Entre os pacientes que estão sendo tratados, 864 apresentaram sintomas preocupantes, como desmaio e tontura, e oito estão em estado grave.
A prefeitura informou que fez dez mutirões de limpeza na cidade, incluindo o trecho desativado do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Foram removidos 95 mil toneladas de lixo e entulhos, potenciais criadouros de dengue. Também foram limpos e desassoreados sete córregos.
Com apoio da Superintendência Estadual de Controle de Endemias (Sucen), foram nebulizadas 28 mil residências neste ano, com previsão de atingir 40 mil até o final deste mês. Outras ações como colocação de telas em caixas d´água, entrada em imóveis por meio de autorização judicial e Operação Cata Treco também estão sendo desenvolvidas.
Fernanda Cruz-Repórter da Agência Brasil
Edição: Talita Cavalcante