Mais dólares saíram do que entraram no país no início de maio. De acordo com dados do Banco Central (BC) o saldo negativo, neste mês, até a última sexta-feira (9), está em US$ 1,737 bilhão. Em abril, o saldo ficou positivo em US$ 2,783 bilhões.
Neste mês, o resultado negativo vem tanto do segmento comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações), com US$ 218 milhões, quanto do financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações), com US$ 1,519 bilhão.
De janeiro até 9 de maio, o fluxo cambial está positivo em US$ 3,104 bilhões. O fluxo financeiro apresenta saldo positivo de US$ 582 milhões, e o comercial, de US$ 2,522 bilhões.
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
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O fluxo cambial é a soma das operações da balança comercial, das operações financeiras e das operações com instituições financeiras no exterior.
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Crescimento global e alta do dólar devem favorecer comércio internacional
O comércio internacional deve se tornar mais favorável ao crescimento da economia brasileira, segundo expectativa do Banco Central (BC) divulgada no Boletim Regional. Segundo o relatório, o comércio internacional está sendo beneficiado pelo cenário de maior crescimento global e a alta do dólar.
Segundo o relatório, “o consumo tende a permanecer sustentado pela expansão da renda e do crédito, enquanto os investimentos tendem a responder ao programa de concessão de serviços públicos e de permissão para exploração de petróleo”.
De acordo com o Boletim Regional, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central-Brasil (IBC-Br) recuou 0,6% no trimestre finalizado em fevereiro, comparativamente ao encerrado em novembro, quando tinha crescido 0,3%, considerando-se dados dessazonalizados (ajustados para o período). O documento mostra ainda que o indicador repercutiu a moderação do crescimento da atividade no Sul e Centro-Oeste e o recuo da atividade no Sudeste, região com maior participação no índice nacional.
“Cabe notar, por outro lado, que a atividade no Norte e Nordeste, impulsionada principalmente pelo desempenho da indústria, acelerou no início deste ano”, acrescentou o BC no Boletim.
Kelly Oliveira-Repórter da Agência Brasil
Edição: Talita Cavalcante