Além de ser um problema comum entre adultos, a apneia obstrutiva do sono também pode afetar as crianças. Caracterizada pela obstrução da garganta durante o sono, o problema frequentemente não é reconhecido durante a infância. Por isso, é fundamental que os pais procurem conhecer os sintomas da doença para poder identificá-la, o quanto antes, entre os filhos.
“Ao prejudicar a qualidade do sono, a apneia do sono pode afetar o aprendizado e o desenvolvimento da criança durante o dia. Caso haja suspeita, é importante procurar ajuda. Tratar a doença faz com que a criança obtenha melhoras significativas na qualidade do seu sono, do seu aprendizado e da sua sociabilidade”, ressalta o pneumologista do Centro de Medicina do Sono do Hospital do Coração (HCor), Dr. Pedro Genta.
Sintomas – Além do ronco, os principais sintomas da apneia do sono entre as crianças são: sono agitado, dificuldade para respirar, posições bizarras durante o sono, sudorese, urina na cama, hiperatividade, déficit de atenção, dificuldade de aprendizado e baixo rendimento escolar. “A identificação destes sintomas pelos pais é fundamental para que o médico possa suspeitar e diagnosticar a apneia do sono”, acrescenta o Dr. Genta.
Causas – O aumento do tamanho (hipertrofia) das amígdalas e adenoides durante o crescimento é a principal causa de apneia do sono em crianças. Outras razões são: obesidade, malformações craniofaciais e doenças neuromusculares. “A apneia do sono se manifesta em crianças de ambos os sexos, em qualquer idade, inclusive em recém-nascidos”, revela o Dr. Genta. “Contudo, a maior incidência do problema na infância ainda é em crianças na pré-escola – faixa etária na qual a hipertrofia das amígdalas é mais comum”, explica o pneumologista do HCor.
Tratamento – Dependendo do caso, o tratamento da apneia do sono pode ser à base de medicamentos, como os corticoides nasais, ortodôntico ou cirúrgico. “A cirurgia das amígdalas e adenoide pode curar a apneia definitivamente”, afirma o Dr. Genta. “Nos pacientes com problemas nasais e respiração oral, o tratamento conjunto com o dentista e o fonoaudiólogo pode ser importante”, aconselha o pneumologista do HCor.
Assessoria de Imprensa do HCor – Hospital do Coração