De acordo com um estudo da Escola Paulista de Saúde Pública e Medicina Tropical da Universidade Tulane, de Nova Orleans, a atividade física pode diminuir o impacto negativo da alimentação rica em sódio sobre a pressão arterial. Segundo os pesquisadores, quanto maior a quantidade de exercícios, menor o aumento de pressão arterial em resposta à alimentação rica em sódio. A pesquisa revelou que praticantes ativos de atividades físicas têm risco 38% menos de desenvolver hipertensão.
Para o Dr. Celso Amodeo, cardiologista do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, a atividade física é capaz de regular e reduzir a pressão arterial por meio de exercícios no mínimo três vezes por semana, durante 30 minutos, que podem ser realizados tanto de forma contínua quanto acumulada, em intensidade leve a moderada.
“Essa redução é similar à queda apresentada com o uso de medicamentos anti-hipertensivos. Apenas este dado já valida à recomendação da atividade física como complemento no tratamento para quem precisa controlar a pressão”, esclarece o cardiologista que reforça que quem realiza pouca atividade física terá um maior aumento de pressão arterial se a ingestão de sódio também for aumentada.
A hipertensão arterial é uma doença crônica de maior prevalência no mundo, sendo uma das principais causas do AVC. Em indivíduos com predisposição genética e estilo de vida inadequado (sedentarismo, dieta hipersódica, hipercalórica e hipergordurosa) a doença se dá mais precocemente e com características de maior resistência ao tratamento. Havendo um acompanhamento médico e uma dieta adequada pode-se prevenir ou retardar o desenvolvimento da doença.
Segundo o cardiologista do HCor, devido à associação entre sal e hipertensão recomenda-se o consumo inferior a 1.500 mg diários de sódio. “O ideal é diminuir a ingestão de sódio e aumentar a atividade física. Aqueles que não podem aumentar a quantidade de exercícios físicos, talvez devido à idade, devem ser estimulados a seguir uma alimentação com baixo teor de sódio”, pondera Dr. Amodeo.
Dicas do cardiologista do HCor para o controle de sal na alimentação
Segundo Dr. Amodeo, é importante evitar os alimentos enlatados (ervilhas, milho, atum, sardinha, massa de tomate, etc), embutidos (salame, salsicha, presunto entre outros), envidrados (palmito, azeitona e molhos em geral), queijos e pães. Todos estes alimentos contêm sódio (composição do sal de cozinha) e a elevada ingestão deles faz o organismo reter mais líquidos, podendo levar ao aumento da pressão sanguínea e causar a hipertensão – responsável pelo infarto e acidente vascular cerebral -, além de afetar os rins.
Recomenda-se a utilização do sal somente no preparo dos alimentos, mas com moderação. A medida diária de sal fica em torno de 4 a 6 gramas por dia. “No tratamento não medicamentoso, as medidas comprovadamente eficazes no controle da hipertensão são: atividade física, dieta com pouco sal, dietas ricas em potássio, eliminação de álcool e tabaco, além do controle do peso”, finaliza Dr. Amodeo.
Assessoria de Imprensa do HCor – Hospital do Coração