O número de ingressantes oriundos de escolas públicas na USP cresceu esse ano em relação a 2014, passando de 32,3% para 35,1%. Esse número representa o maior índice registrado na Universidade de São Paulo desde a criação do Programa de Inclusão Social (Inclusp), em 2006.
Também houve crescimento de 8,4% no número de alunos matriculados que se declararam pretos, pardos e indígenas (PPI) em 2015. Outro índice que também teve aumento foi o total de matriculados PPI oriundos de escolas públicas, que subiu 14,2%.
Outro dado importante refere-se ao perfil socioeconômico dos alunos ingressantes neste ano. A maior porcentagem dos matriculados declarou ter renda familiar de três a cinco salários mínimos – 19,6% dos alunos matriculados em 2015 (em 2008, essa porcentagem era de 15,7%). Para a renda familiar de até sete salários mínimos, o índice chega a 56,7%. Em 2008, esse índice era de 41,5%.
Para o reitor Marco Antonio Zago, os dados revelam sucesso, ainda que parcial, na política de bônus adotada pela USP e intensificada nos dois últimos anos. “Essa política aumenta a competitividade dos candidatos oriundos das escolas públicas e, como consequência, aumenta a proporção de pretos, pardos e indígenas, ao mesmo tempo em que aumenta o ingresso de estudantes com renda familiar menor”, destaca.
Nos últimos cinco anos, de 2010 a 2015, a percentagem de novos alunos que entraram na USP vindos da escola pública aumentou em 36%. O número absoluto de alunos oriundos das escolas públicas aumentou 41% nesse período (de 2.730, em 2008, para 3.847, em 2015). Entre os alunos PPI vindos da escola pública, o número absoluto aumentou 89% (652, em 2008, para 1.232, em 2015) nesse período.
Do Portal do Governo do Estado