Doar ossos e cartilagem pode beneficiar mais de 200 pessoas de uma vez só. A informação é do ortopedista Luis Eduardo Passarelli Tirico, do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Em 2012, por meio de um protocolo de pesquisa, o IOT realizou o primeiro transplante de cartilagem do país e, desde então, 14 pacientes já foram beneficiados com essa técnica, que ainda é protocolar.
Diariamente, a ortopedia do HC recebe pacientes jovens com lesões graves de joelho, muitas delas na cartilagem articular. Por não existir no Brasil opções adequadas de tratamento, essas pessoas acabam tendo um acompanhamento prolongado.
De acordo com o ortopedista, no transplante fresco da cartilagem articular de joelho, parte do osso e da cartilagem dos doadores falecidos é transplantada para o paciente lesionado. Assim, reestabelece a anatomia da superfície articular e permite o retorno para as função das atividades.
Atualmente, existem no Brasil seis Bancos de Tecidos, entre os quais o do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas. Para se ter uma ideia da importância da doação de ossos e cartilagens, um doador músculo-esquelético atende a 16 receptores ou mais. Um doador de osso pode ajudar até 200 receptores, dependendo da quantidade e local a ser transplantado.
Do Portal do Governo do Estado SP