A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulada em 12 meses, ficou em 9,53% em agosto deste ano. A taxa é superior ao teto da meta da inflação do governo federal para este ano, que é de 6,5%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho, o IPCA acumulado em 12 meses, chegou a 9,56%.
O IPCA acumula 7,06% em um ano, a maior desde 2003 (7,22%). Considerando-se apenas o mês de agosto deste ano, a inflação ficou em 0,22%, a menor para o mês desde 2010. Em julho deste ano, o índice alcançou 0,62%. Em agosto do ano passado, o IPCA ficou em 0,25%.
A queda do índice de julho para agosto deste ano foi provocada por recuos em cinco dos nove grupos de despesas, como o de transportes, que tive deflação (queda de preços) de 0,27% em agosto, depois de apresentar uma inflação de 0,15% em julho.
A deflação em transportes foi provocada por quedas de preços dos automóveis usados (-1,03%), pneus (-1%) e acessórios e peças (-0,96%).
Outro grupo com contribuição importante para o recuo do IPCA foram os alimentos, que passaram de uma inflação de 0,65% em julho para uma deflação de 0,01% em agosto. Entre os produtos que ajudaram a provocar uma queda de preços nos alimentos estão a batata-inglesa (-14,75%), o tomate (-12,88%) e a cebola (-8,28%).
Depesas com habitação tiveram impacto mais importante no recuo da taxa de julho para agosto, pois a inflação desse grupo caiu de 1,52% para 0,29%, resultante, principalmente, da queda de preços da energia elétrica (-0,42%).
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil
Edição: Talita Cavalcante
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