O prazo de inscrições para a primeira edição do Prêmio BNDES de Boas Práticas em Economia Solidária, lançado em dezembro do ano passado vai até o dia 27 deste mês. As inscrições foram abertas em janeiro, e o prêmio vai distribuir até R$ 2,3 milhões a 96 iniciativas de sucesso em todos os estados, formalizadas ou em processo de formalização.
As inscrições podem ser feitas na Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na internet. Os vencedores receberão o prêmio em julho deste ano, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, durante a Feira Internacional de Economia Solidária. A iniciativa é resultado de parceria entre o banco, a Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego e o Fórum Brasileiro de Economia Solidária.
O gerente da Área de Agropecuária e Inclusão Social do Departamento de Economia Solidária do BNDES, Leonardo Pamplona, informou que os objetivos principais são dar visibilidade às experiências de empreendimentos econômicos solidários que, “muitas vezes, a política pública não enxerga”; estimular o desenvolvimento e o fortalecimento desses empreendimentos, estimulando iniciativas similares; e aprofundar o conhecimento sobre a realidade dos empreendimentos existentes, para que possa ser aprimorada a construção de políticas públicas em benefício desse público-alvo.
Poderão participar iniciativas de finanças solidárias, de produção, comercialização ou consumo solidários, além de formativos, educativos ou culturais, informou a assessoria de imprensa do BNDES. Cada projeto receberá R$ 20 mil, enquanto cada rede de empreendimentos selecionada terá R$ 50 mil.
Por estado, serão concedidos até dois prêmios para empreendimentos formalizados e um para não formalizado. Para os organizados em rede, serão dados até três prêmios por região do país. Segundo o BNDES, os recursos deverão ser usados para o fortalecimento e a consolidação das iniciativas agraciadas.
De acordo com Leonardo Pamplona, a primeira edição do Prêmio BNDES de Boas Práticas em Economia Solidária homenageia das fundadoras do Banco Palmas, Sandra Magalhães, que morreu em 2013. Considerado uma experiência de referência em Fortaleza, o Palmas incentivou a criação da Rede Brasileira de Bancos Comunitários. A homenagem a Sandra foi proposta pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária.
Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto