O Ministério da Saúde divulgou que a transmissão do vírus Zika pela transfusão de sangue está entre os diversos tipos de contágio da doença que vem sendo investigados. O Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) confirmou que em março registrou a transmissão do vírus de doador para receptor. Por enquanto, o Ministério da Saúde alerta somente para a transmissão pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a dengue e a febre chikungunya.
Sem saber que estava infectado, um morador de Sumaré (cidade que fica a cerca de 120 quilômetros da capital paulista) doou sangue no hemocentro de Campinas (SP). Alguns dias depois o homem, de 52 anos, notou o aparecimento de sintomas semelhantes aos da dengue e entrou em contato com o hemocentro. Os exames mostraram que ele tinha Zika. Em seguida, o receptor da doação passou por exames que constataram a presença do vírus, porém ele não teve sintomas.
Já há um relato científico de transmissão do Zika pelo esperma, nos Estados Unidos, e também de que o vírus foi encontrado no leite materno. Apesar disso, o Ministério da Saúde diz que tudo está sendo investigado, e que a doença é nova no país, mas reforça que mulheres que tiveram Zika podem amamentar normalmente.
Em agosto, o Ministério da Saúde começou a registrar o aumento inesperado de casos de microcefalia no Nordeste. No final de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que os casos tinham origem na infecção de gestantes pelo Zika, vírus que começou a ter circulação registrada no Brasil este ano.
Aline Leal – Repórter da Agência Brasil
Edição: Nelio Neves de Andrade
17/12/2015