O Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, voltada para crianças de seis meses a cinco anos incompletos. A campanha começa no próximo sábado (15) – o dia D da vacinação – e vai até 31 de agosto.
A meta do governo é vacinar 12 milhões de crianças contra a doença. Esta também é uma oportunidade de os pais atualizarem o calendário vacinal das crianças de até cinco anos com outras vacinas que estão vencendo ou em atraso.
No próximo sábado, 100 mil postos estarão abertos para a campanha. “Temos que adaptar a campanha à realidade da população brasileira, que vive em condições muito diferentes. Precisamos garantir que a vacina chegue de forma muito segura e ágil para as populações ribeirinhas, indígenas, nos assentamentos rurais, quilombolas, nas periferias das grandes cidades”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
O ministro ressaltou a importância de os responsáveis levarem a caderneta de vacinação, para que os profissionais possam avaliar se a criança deixou de receber alguma vacina do calendário do SUS.
Segundo o Ministério da Saúde, não existe tratamento contra a poliomielite, por isso a importância da prevenção. A vacina só é contraindicada para crianças com infecção aguda, com febre acima de 38º C ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina.
Faz 26 anos que o Brasil não tem casos de paralisia infantil. Mesmo assim, segundo a Organização Mundial da Saúde, nove países registraram casos da doença nos últimos dois anos. Em três países, Nigéria, Paquistão e Afeganistão, a poliomielite é endêmica.“É fundamental que as nossas crianças continuem sendo vacinadas para que não tenhamos a reintrodução do vírus no pais”, disse a coordenadora do programa nacional de imunizações, Carla Domingues.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, não leva a morte, mas deixa sequelas no sistema nervoso como paralisia irreversível, principalmente nas pernas. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.
Aline Leal – Repórter da Agência Brasil
Edição: Maria Claudia