O Ministério da Saúde participou de reunião com o grupo técnico assessor de imunização do estado do Rio de Janeiro, na qual foi reforçada a estratégia de bloqueio à caxumba nas escolas em que ocorreram casos da doença. Foi determinado que alunos de quaisquer faixas etárias e profissionais que não tenham recebido duas doses da vacina serão imunizados.
A medida foi tomada depois que o estado teve vários surtos de caxumba, totalizando, até julho, mais casos da doença do que no ano passado inteiro. O Ministério da Saúde considera a cobertura vacinal do Brasil alta, com média de 95%, mas reconhece que não é igual em todas as localidades. Por isso, frisa a importância de os gestores locais analisarem como está a imunização para identificar quais locais precisam de reforço da vacinação.
Segundo a pasta, são necessárias duas doses da vacina para garantir a proteção. O calendário nacional de vacinação, do Ministério da Saúde, determina que as doses sejam aplicadas aos 12 meses, com a tríplice, e aos 15 meses, com a tetraviral, que também imuniza contra varicela. A vacina também está disponível para pessoas até 49 anos, que não estejam com o calendário vacinal em dia.
De 1º de janeiro deste ano até o dia de hoje, a Secretaria Estadual de Saúde recebeu notificações de 68 surtos de caxumba nos municípios do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Niterói. O surto é caracterizado pelo aumento de casos, acima da média registrada, em um determinado período de tempo e local concentrado e fechado, como creche, escola, empresa, condomínio.
A caxumba, também conhecida como papeira, é causada por vírus. Ela aumenta as glândulas salivares, deixando a região inchada e também causa febre. A transmissão acontece pelo ar e pela saliva.
Aline Leal – Repórter da Agência Brasil
Edição: Stênio Ribeiro