A partir do dia 7 deste mês, a conta de luz de 3,7 milhões de unidades consumidoras atendidas pela concessionária Light Serviços de Eletricidade, em 31 municípios do Rio de Janeiro, incluindo a capital e grande parte da Baixada Fluminense, terá reajuste médio de 16,78%. Para os consumidores residenciais, o percentual será 15,99%.
O reajuste tarifário foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) durante a Reunião Pública Extraordinária de Diretoria. Para os consumidores de alta tensão, como é o caso das indústrias, o reajuste médio será 15,94%. Para os consumidores de baixa tensão, como consumidores em áreas ruais e pequenos comércios, o aumento médio será 17,21%. Entre os clientes abastecidos em alta-tensão, os percentuais vão variar entre 11,10% e 20,07%.
Segundo a Aneel, o cálculo do reajuste leva em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica e também os encargos setoriais. De acordo com a Light, para a definição dos percentuais foram levados em consideração a inflação registrada nos últimos 12 meses, os efeitos da escassez hídrica sobre o custo da energia comprada e a variação dos encargos setoriais, em especial, da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Além disso, foi observada a variação cambial, porque a compra de energia de Itaipu, cotada em dólar, é o principal efeito sobre as despesas da empresa, o que equivale a 17% da energia comprada pela empresa.
Os reajustes fazem parte dos contratos de concessão e servem para a concessionária corrigir a receita alcançada por meio das tarifas praticadas, que são compostas por duas partes. Uma [Parcela A] referente aos custos não gerenciáveis pela empresa, como encargos setoriais, encargos de transmissão e compra de energia para revenda; e a outra [Parcela B], relativa às despesas com operação, manutenção e de capital, todas associadas às redes da Light.
Segundo a Light, neste ano, os aumentos somam 56%, sendo que a companhia fica com 1,9% [Parcela B] e os 54,1% restantes são repassados aos geradores, transmissores e ao governo federal em forma de custos não gerenciáveis de energia.
Michèlle Canes e Cristina Indio do Brasil – Repórteres da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
06/11/2015