Agência FAPESP – O Instituto Butantan criou uma nova unidade de pesquisa, o Grupo de Ação Rápida para Doenças Emergentes (Garde-IB), que será instalada no prédio antes ocupado pelo Paço das Artes. A área já pertencia ao Butantan e estava cedida à Secretaria de Cultura.
No Garde-IB serão realizadas pesquisas de doenças graves e que demandam esforços urgentes e interdisciplinares, como dengue, Zika e chikungunya. A reforma do prédio, com 6 mil metros quadrados, deverá ter início no segundo semestre de 2016, com previsão de durar cerca de um ano.
O Garde-IB reunirá um grupo de 30 pesquisadores do Butantan e atuará em diversas frentes, desde pesquisa básica até pesquisa aplicada, envolvendo, também, o desenvolvimento de novos produtos de saúde. “O objetivo é ter um núcleo de vanguarda em pesquisa nas áreas de Biologia Molecular e Biologia Celular que, a partir de abordagem multidisciplinar, consiga fazer frente à demanda por respostas ágeis para novas doenças que ameacem a saúde pública brasileira e mundial, em geral doenças virais”, explica o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.
Além das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, foco inicial dos trabalhos, o núcleo também poderá atuar no estudo de outras enfermidades que já estão presentes no mundo, como encefalite japonesa, febre do Nilo Ocidental e síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS, na sigla em inglês).
A nova unidade de pesquisa faz parte de uma área com, aproximadamente, 30 mil metros quadrados que está destinada à futura implantação do Instituto de Inovação em Biotecnologia Butantan. O Garde-IB é a primeira fase deste projeto que compreenderá um espaço de colaboração científica, reunirá laboratórios de ponta e permitirá a integração de plataformas e linhas de pesquisa com foco no desenvolvimento e produção de novos biomedicamentos.