São muitas as doenças que podem prejudicar a nossa visão, já que os olhos são um dos órgãos mais sensíveis do corpo. Com a chegada do verão, algumas dessas doenças se tornam mais frequentes, além da própria incidência dos raios solares serem mais agressivas, exigindo mais cuidados e proteção.
Algumas doenças são mais comuns e ocorrem com certa frequência. Outras, mais graves, podem comprometer os olhos e até colocar a vida da pessoa em risco. As mais comuns são conjuntivite, terçol (ou hordéolo) e calázio. Já a catarata e a degeneração macular atingem principalmente as pessoas idosas. A primeira pode ser revertida com cirurgia. No caso da degeneração macular, se tratada rapidamente, a visão pode ser corrigida.
Outra doença agravada pelos raios ultravioletas é o pterígio, que se manifesta na forma de um tecido que cresce próximo da córnea e pode requerer tratamento cirúrgico ou uso de lubrificantes específicos. A doença mais perigosa para os adultos, porém, é o glaucoma, que precisa ser detectado o quanto antes.
Nas crianças, é importante a realização de exames oculares até o primeiro ano de idade para a prevenção do retinoblastoma, um tipo de câncer que precisa ser tratado até os três anos de idade, caso contrário pode até levar ao óbito.
O estrabismo precisa ser corrigido até os oito anos de idade. O tratamento consiste em cobrir o olho saudável para forçar a visão do olho prejudicado. Depois dessa idade, a correção é praticamente impossível.
As mais frequentes
Existem vários tipos de conjuntivites. As mais comuns são as de origem infecciosa e alérgica. A incidência da conjuntivite alérgica é mais frequente na primavera, mas como no Brasil as estações muitas vezes se misturam, a maior parte dos casos ocorre no verão.
Outra variação é a conjuntivite primaveril, que leva esse nome porque nessa época do ano é comum a entrada de pólen nos olhos. Mas ela pode ocorrer devido a qualquer corpo estranho que penetre nos olhos, em ambientes como obras da construção civil, por exemplo.
O terçol, ou hordéolo, pode se manifestar de forma interna ou externa. É mais frequente em pessoas de pele oleosa, e a causa é uma infecção dos cílios provocada por uma bactéria.
Calázio é parecido com o terçol. Sua causa é a inflamação de uma glândula responsável pela produção da secreção sebácea que lubrifica o olho, e deve ser tratada com a ajuda de um médico geral ou oftalmologista.
Exigem cuidados
O terçol, calázio, o pterígio e a conjuntivite alérgica não são doenças contagiosas. O tratamento deve ser feito com a ajuda do oftalmologista. No caso específico do terçol, os oftalmologistas recomendam higienizar e limpar as pálpebras com a ajuda de um produto específico.
A catarata é mais comum nas pessoas da terceira idade e requer tratamento cirúrgico. No caso da conjuntivite infeciosa, o perigo é o contágio de outras pessoas. Evite compartilhar toalhas de rosto e travesseiros e procure sempre lavar as mãos com álcool, líquido ou gel.
Em todas as situações, no entanto, é necessário procurar um clínico geral ou um oftalmologista.
Atenção redobrada
O glaucoma é uma doença que afeta o nervo ótico e causa a perda de pressão intraocular. É uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas, e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos. Por isso, é importante consultar um oftalmologista com frequência.
A degeneração macular afeta as pessoas de mais idade e o sintoma é a visão distorcida. Nesse caso, a pessoa deve procura ajuda médica o mais rápido possível, pois a visão pode ser corrigida se for tratada cedo.
A visita regular ao oftalmologista, pelo menos uma vez ao ano, é essencial para a prevenção de doenças como o glaucoma e a degeneração macular, principalmente a partir dos 40 anos de idade, assim como da catarata para as pessoas de mais idade.
*Colaborou nesta reportagem o Dr. Francisco Penteado Crestana, oftalmologista e coordenador médico do Ambulatório Médico de Especialidades – AME Barradas, em São Paulo.
Do Portal do Governo do Estado SP