A capital paulista passou a ficar com um total de 14 parques fechados por tempo indeterminado, como medida preventiva após um macaco ter sido encontrado morto no Parque Anhanguera, de acordo com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA). Apesar de ainda não haver o resultado do exame histoquímico para atestar a febre amarela no animal, testes preliminares indicam se tratar da doença e a pasta decidiu fechar os parques preventivamente.
Desde a sexta-feira (20), os parques estaduais do Horto Florestal e da Cantareira estão fechados devido à confirmação de presença do vírus da febre amarela em um macaco bugio, encontrado morto no horto.
Além desses, foram fechados os parques municipais Anhanguera, Linear Canivete e Córrego do Bispo (em implantação), Pinheirinho D’Água, Jacintho Alberto, Rodrigo de Gásperi, Jardim Felicidade, Cidade de Toronto, São Domingos, Tenente Brigadeiro Faria Lima, Lions Tucuruvi e Sena.
O Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres, que fica dentro do Parque Anhanguera, também está fechado por tempo indeterminado para recebimento de animais silvestres que estejam em perigo ou doente, informou a secretaria. Quem receberá os animais, caso necessário, será a Divisão de Fauna da SVMA na unidade do Parque Ibirapuera.
A zona norte da capital paulista vai contar com 37 unidades básicas de Saúde para aplicação da vacinação preventiva contra a febre amarela, segundo a prefeitura. “A expansão deve prosseguir até atingir todas as unidades da região ou, em caso de nova ocorrência, será feita gradualmente ao longo da semana e somada às unidades que já iniciaram a imunização desde sábado (21)”, diz comunicado do município.
A prioridade da vacinação é para pessoas que moram em até 500 metros no entorno do Parque do Horto, nesta primeira fase. Na segunda, o raio de abrangência será estendido para mil metros do Horto Florestal e a terceira, ampliada para toda a zona norte.
Apesar da ampliação do número de postos de vacinação, a prefeitura destaca que não houve registro de casos em humanos autóctones na capital paulista, somente casos importados, ou seja, em pessoas que foram contaminadas em outros municípios ou em outros estados e desenvolveram a doença na cidade.
A vacina não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até seis meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticóides em doses elevadas.
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Edição: Davi Oliveira
27/10/2017