Agência FAPESP – A FAPESP e o Newton Fund estenderam de 13 para 20 de outubro as datas-limite de duas chamadas de propostas sobre o tema Biodiversidade – Sistemas Ecossistêmicos para o Desenvolvimento Sustentável.
A primeira chamada – Latin America Biodiversity Regional Researcher Links Workshops – apoia a realização de workshops que reunirão pesquisadores do Reino Unido e de países da América Latina. Os workshops poderão ser realizados na Argentina, Brasil (Estado de São Paulo), Chile, Colômbia, México ou Peru. Os participantes serão divididos em partes iguais entre pesquisadores do Reino Unido, do país hóspede e pesquisadores regionais.
Os workshops no Estado de São Paulo deverão ocorrer entre 1º de março e 31 de agosto de 2018. Eles devem ser conduzidos em inglês e terão duração de três a cinco dias.
Os coordenadores dos workshops deverão ser pesquisadores responsáveis ou principais em projetos de pesquisa financiados pela FAPESP em uma das seguintes modalidades: Projetos Temáticos, Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) e Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE).
A chamada de propostas está disponível em: .
A segunda chamada – Researcher Links Travel Grants – apoiará pesquisadores visitantes em viagens para desenvolvimento de projetos de pesquisa em colaboração.
As viagens também devem contribuir para fortalecer ligações visando futuras colaborações e aumentar as oportunidades de cooperação internacional. Residentes nos países parceiros podem solicitar financiamento para visitar o Reino Unido e vice-versa. As viagens devem prever a participação em pesquisas sobre os mesmos temas, por um período de 4 a 12 semanas.
A chamada de propostas está disponível em: .
O prazo-limite para submissão de propostas nas duas chamadas é 20 de outubro de 2017, às 16h (horário do Reino Unido).
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Pós-doutorado em Administração Hospitalar com Bolsa da FAPESP
Agência FAPESP – A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP dispõe de uma vaga de pós-doutorado, com Bolsa da FAPESP. O prazo de inscrição vai até dia 11 de outubro de 2017. A oportunidade está relacionada ao projeto “” e é desenvolvida no âmbito do Programa Parceira para a Inovação Tecnológica (PITE) da FAPESP, por meio de com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Coordenado pelo professor , o projeto proporá modelos de gestão financeira e de serviços que possam contribuir para sustentabilidade financeira dos planos de saúde dos hospitais filantrópicos, auxiliando no desenvolvimento do setor de saúde suplementar.
Os candidatos devem ter formação em Administração ou Engenharia de Produção e experiência em: Análise Envoltória de Dados (DEA); Processos e normas hospitalares; Finanças e Quality Function Deployment (QFD).
Os interessados em se inscrever devem enviar e-mail para [email protected].
Mais informações sobre a oportunidade estão em:
A vaga está aberta a brasileiros e estrangeiros. O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 7.174,80 mensais e Reserva Técnica. A Reserva Técnica de Bolsa de PD equivale a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo de atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista de PD resida em domicílio diferente e precise se mudar para a cidade onde se localiza a instituição-sede da pesquisa, poderá ter direito a um Auxílio-Instalação. Mais informações sobre a Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP estão disponíveis em .
Outras vagas de bolsas, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em .
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Menos gordura, mais cabelo e pele jovem
Karina Toledo e Peter Moon | Agência FAPESP – Dietas de restrição calórica têm sido associadas a vários benefícios para a saúde, mas seus efeitos sobre a pele ainda não haviam sido demonstrados. Uma pesquisa feita na Universidade de São Paulo (USP) verificou que, em camundongos, o controle de calorias ajuda os animais a viver mais, porém, reduz as reservas de gordura (tecido adiposo) que mantêm o corpo aquecido.
Para compensar esse efeito da dieta, observaram os pesquisadores, o tecido cutâneo dos roedores estimulou o crescimento de pelos e aumentou o fluxo sanguíneo para aquecer a pele.
Ao mesmo tempo, foram observadas alterações no metabolismo celular. Os animais revelaram uma resposta adaptativa para permanecer aquecidos – e vivos – em condições alimentares limitadas.
O trabalho foi conduzido durante o pós-doutoramento de Maria Fernanda Forni no Instituto de Química da USP – com e orientação de Alicia Kowaltowski. Foi realizado no âmbito do Projeto Temático “”, coordenado por Kowaltowski.
Resultados do estudo foram publicados em setembro na revista . “As mudanças na pelagem e na pele foram bastante perceptíveis. São interessantes porque se mostraram após apenas alguns meses, quando os animais ainda não são velhos”, disse Kowaltowski.
A pesquisa foi feita com dois grupos de camundongos ao longo de seis meses. Em um dos grupos, os animais puderam se alimentar como, quando e quanto queriam. Ficaram obesos. O segundo grupo foi submetido a uma dieta na qual se podia comer apenas 60% das calorias consumidas em média pelo outro grupo.
Após seis meses, os animais submetidos à restrição calórica apresentavam massa corporal 40% menor que a dos demais (não perderam peso, apenas não engordaram como os que comeram livremente). Como diminuiu a gordura que ajuda a deixar os corpos aquecidos, a resposta adaptativa da pele dos roedores foi estimular o crescimento de pelos. Após seis meses, os animais passaram a exibir pelagens mais uniformes, mais espessas e com pelos mais longos.
“O pelo tem propriedades que isolam melhor o calor. Achamos que essa é uma adaptação presente nos mamíferos. Aqueles que comem menos têm menos gordura e, portanto, precisam de mais pelos para isolar o calor”, disse Kowaltowski.
A vascularização da pele também se alterou. Comparado com os animais obesos, os camundongos com restrição calórica apresentaram três vezes mais vasos sanguíneos na pele.
Essa alteração aumentou a irrigação sanguínea das células cutâneas. Ao mesmo tempo, essas células exibiram diferenças no metabolismo.
Por outro lado, nos roedores obesos, o que se constatou foi o aparecimento de sinais de envelhecimento precoce da pele. “A mudança na vasoconstrição auxilia os camundongos magros a conservar calor. Ao mesmo tempo, a pele se manteve jovem”, disse Kowaltowski.
Uma segunda etapa da pesquisa consistiu na raspagem de trechos na pelagem dos dois grupos, de modo a confirmar se o pelo extra estaria ajudando a aquecer os animais com restrição calórica. “Raspamos o pelo dos camundongos e verificamos a evolução deles ao longo de um mês”, disse Kowaltowski.
Com base em aferições de perda de calor corpóreo, foi possível atestar que as pelagens mais espessas ajudaram a isolar o calor.
“Os camundongos em restrição calórica perderam massa muscular e se tornaram mais letárgicos. Trata-se de uma mudança no metabolismo que foi resultado direto da perda de calor corporal para o meio ambiente. Eles não conseguem viver bem sem pelos”, disse.
Por fim, tingiu-se o pelo dos animais com um corante azul para verificar se haveria diferença na quantidade de perda de pelos entre os camundongos em dieta e os obesos. O que se constatou foi que, nos animais em dieta, a perda de pelagem foi menor e o pelo se manteve espesso. “Eles perderam menos pelos e o pelo permaneceu por mais tempo, o que pode ser uma adaptação para evitar gasto de energia com o crescimento de pelos”, disse Kowaltowski.
“Essas descobertas são especialmente significativas, uma vez que revelam não apenas um efeito marcante da restrição calórica sobre a pele, mas também um mecanismo adaptativo para lidar com o isolamento reduzido derivado de alterações na pele sob condições de redução da ingestão calórica”, disse.
Proteção para o fígado
Em um outro trabalho, publicado na revista , o grupo de Kowaltowski mostrou que a adoção de uma dieta restrita em calorias protegeu o fígado de camundongos de danos causados pela interrupção temporária do fluxo sanguíneo para o órgão.
“Quando comparamos os animais que comiam à vontade com os submetidos a uma dieta com restrição calórica, a diferença foi enorme. Enquanto no primeiro grupo cerca de 25% do fígado ficou comprometido, no segundo, o índice foi de apenas 1%”, disse a pesquisadora.
O modelo adotado no experimento – conhecido como isquemia e reperfusão – consiste em interromper cerca de 70% do fluxo sanguíneo para o fígado durante 40 minutos, simulando um infarto. Dados da literatura científica indicam que esse tipo de procedimento induz um aumento patológico de cálcio no tecido, o que causa uma pane no funcionamento das mitocôndrias (organelas responsáveis pela produção da energia celular) e leva parte das células hepáticas à morte.
“O cálcio é importante para regular o metabolismo da mitocôndria e aumentar a produção de ATP [adenosina trifosfato, molécula que armazena energia]. Porém, em excesso, faz com que a organela pare de trabalhar adequadamente. Nossa hipótese, portanto, era de que o benefício observado com a dieta estaria relacionado com um aumento na capacidade das mitocôndrias de captar cálcio do meio intracelular sem deixar de produzir energia”, explicou Sergio Menezes-Filho, pesquisador do IQ-USP e primeiro autor do artigo.
Ensaios in vitro foram feitos para confirmar a teoria e compreender melhor os mecanismos envolvidos. Para isso, os pesquisadores isolaram mitocôndrias dos dois grupos de animais incluídos no estudo: um liberado para comer à vontade (controle) e outro submetido à restrição calórica (60% das calorias do controle).
As mitocôndrias foram colocadas em um meio de incubação com uma sonda fluorescente que brilhava à medida que a concentração de cálcio aumentava.
“Acrescentávamos uma pequena quantidade do mineral no meio e a fluorescência aumentava. À medida que a mitocôndria captava o cálcio, o brilho diminuía. Então acrescentávamos mais um pouco. Quando a organela atingia sua capacidade máxima de captação, o mineral começava a voltar para o meio de incubação e a fluorescência aumentava mesmo sem novas adições”, explicou Menezes-Filho.
Por meio desse experimento, o grupo observou que as mitocôndrias dos animais submetidos à restrição calórica conseguiam captar cerca de 70% mais cálcio que as do grupo controle – sem que seu funcionamento ficasse comprometido.
Com auxílio de uma técnica conhecida como espectrometria de massas, o grupo observou que no interior das organelas extraídas de animais submetidos à dieta havia mais moléculas de ATP do que nas do grupo controle. Essa parte do estudo contou com a colaboração da professora do IQ-USP Marisa Medeiros.
“Não sabemos ainda o que faz a mitocôndria do animal que comeu à vontade ter menos ATP, mas certamente essa diferença está relacionada à capacidade de captação de cálcio. Quando igualávamos artificialmente o nível de ATP nos dois grupos – seja adicionando a molécula na mitocôndria controle ou reduzindo na do grupo dieta – a capacidade de captação de cálcio também se igualava”, contou Kowaltowski.
Benefícios múltiplos
Os dois artigos recentemente publicados integram uma série de estudos coordenados por Kowaltowski no âmbito do Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina (), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP. O objetivo é investigar o efeito da restrição calórica sobre diferentes tecidos.
Dizer para as pessoas simplesmente comerem menos não está funcionando. A obesidade se tornou uma epidemia mundial. Temos tentado entender como a restrição calórica age no organismo e quais são as moléculas envolvidas, para encontrar alvos que permitam prevenir ou tratar doenças relacionadas ao ganho de peso e à idade”, disse Kowaltowski.
Os experimentos realizados até o momento mostraram que a dieta em animais de laboratório causa efeitos muito específicos nos diferentes órgãos. No pâncreas, por exemplo, torna as células produtoras de insulina capazes de responder melhor ao aumento na taxa de glicose do sangue (leia mais em
Já no cérebro, foi observado um benefício também relacionado à capacidade das mitocôndrias em captar cálcio – o que poderia evitar a morte de neurônios associada a doenças como Alzheimer, Parkinson, epilepsia e acidente vascular cerebral (AVC), entre outras (leia mais em
Participaram desses estudos , do IQ-USP, e , atualmente na Ben-Gurion University of the Negev, em Israel.
Nos trabalhos feitos até o momento, avaliamos o efeito da restrição calórica em situações patológicas agudas. Mas acreditamos que a dieta também tenha um efeito benéfico, porém mais sutil, em condições fisiológicas. Ajudando a regular o metabolismo do dia a dia. É isso que pretendemos compreender melhor agora”, disse Kowaltowski.
O artigo Caloric Restriction Promotes Structural and Metabolic Changes in the Skin (doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.celrep.2017.08.052), de Maria Fernanda Forni, Julia Peloggia, Tárcio T. Braga, Jesús Eduardo Ortega Chinchilla, Jorge Shinohara, Carlos Arturo Navas, Niels Olsen Saraiva Camara e Alicia J. Kowaltowski, pode ser lido em
O artigo Caloric restriction protects livers from ischemia/reperfusion damage by preventing Ca2+-induced mitochondrial permeability transition (doi: doi.org/10.1016/j.freeradbiomed.2017.06.013), de Sergio L. Menezes-Filho, Ignacio Amigo, Fernanda M. Prado, Natalie C. Ferreira, Marcia K. Koike, Isabella F. D. Pinto, Sayuri Miyamoto, Edna F. S. Montero, Marisa H. G. Medeiros, Alicia J. Kowaltowski, pode ser lido em .
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Operação Dia das Crianças: IPEM-SP encontra irregularidades em produtos
Para garantir a segurança de brinquedos e produtos destinados às crianças, o IPEM-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) realizou de 2 a 5 de outubro, a Operação Dia das Crianças na capital e nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Barretos, Bauru, Birigui, Botucatu, Campinas, Franca, Jacareí, Lins, Paraibuna, Ribeirão Preto, Santo André, São Bernardo do Campo, São José dos Campos e Taubaté.
Durante a ação, foram fiscalizados 45.826 produtos em 250 lojas de pequeno, médio e grande porte. Foram encontradas irregularidades em 28% dos estabelecimentos. Dos produtos analisados, 3.694 continham erros e as lojas foram autuadas.
As equipes fiscalizaram brinquedos, berços, carrinhos para crianças e dispositivo de retenção infantil (cadeira para veículos), com o objetivo de verificar a presença do selo do Inmetro nos itens comercializados, a principal garantia que o produto está de acordo com as normas de segurança.
Na capital e no ABC Paulista, foram 107 lojas fiscalizadas, sendo encontrados erros em 27%. Os fiscais verificaram 25.302 produtos, sendo 1.623 reprovados. No interior, foram 143 lojas fiscalizadas, sendo encontrados erros em 28%. Os fiscais verificaram 16.830 produtos, sendo 2.071 reprovados.
Confira aqui a tabela com irregularidades encontradas no , .
Nos casos de autuação, os fabricantes e estabelecimentos com produtos irregulares têm o prazo de 10 dias úteis para apresentar defesa junto ao IPEM-SP. De acordo com a lei federal 9.933/99, as multas podem chegar a R$ 1,5 milhão.
Fiscalização em 2016
No ano passado, na mesma operação foram fiscalizados 52.483 produtos em 334 lojas. No total, a operação encontrou irregularidades em 3.005% (6%) dos produtos, sendo que 2.314 (77%) sem o selo do Inmetro, 390 (13%) Selo Falso e 301 (14%) com problemas de inscrições obrigatórias e enquadramento de faixa etária. No interior, as equipes verificaram 15.498 itens, sendo que 1950 (12,6 %) estavam incorretos. Todos os produtos sem o selo e com selo falso foram inutilizados.
Em casos de dúvida, desconfiança ou se o consumidor encontrar irregularidades, entre em contato com o serviço da Ouvidoria do IPEM-SP pelo telefone 0800 013 05 22, de segunda a sexta, das 8h às 17h, ou enviar e-mail para: [email protected].
Do Portal do Governo SP
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Fundação Procon-SP monitora preços para a Black Friday
A Fundação Procon-SP já começou a monitorar preços para conferir o cumprimento das ofertas que serão anunciadas para a Black Friday, com início marcado para a meia-noite do dia 24 de novembro. O órgão, vinculado à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, promove uma campanha de orientação para que os consumidores possam se beneficiar das vantagens reais do período promocional.
A exemplo do que já fez em outras edições, o Procon-SP fará plantão especial de monitoramento e orientação, entre 19h do dia 23 de novembro até 22h do dia 24. Para fazer melhores compras, o órgão recomenda, em primeiro lugar, o planejamento, por meio de uma lista do produto a ser adquirido e a reflexão sobre o limite de gasto, de modo a não estourar o orçamento.
Outra orientação do órgão é acompanhar os preços dos serviços ou produtos que deseja comprar, além de anotar preços e guardar as informações da pesquisa (como telas e folhetos), incluindo site e data da pesquisa. Assim, será mais fácil identificar as melhores ofertas e conferir os descontos durante a Black Friday.
Dicas
O consumidor deve verificar, ainda, se o site é brasileiro. Compras de empresas internacionais estão sujeitas a outros custos nem sempre informados. Além disso, as regras do Código do Consumidor não se aplicam nesses casos, se o portal não contar representantes no Brasil.
Os compradores também precisam estar atentos aos sites conhecidos que estampam ofertas de fornecedores independentes, com preços e condições diferentes para um mesmo produto. O nome do fornecedor e os preços praticados devem estar sempre em destaque e com fácil visualização na página de venda, especialmente se o revendedor for um terceiro. É direito do consumidor ter essa informação à disposição para facilitar a escolha.
Também é importante verificar a reputação do fornecedor. Em 2016, o Procon-SP divulgou os nomes das . Além disso, o consumidor deve ficar atento ao prazo de entrega, especialmente se o objetivo é comprar presentes para o Natal.
Os compradores têm sete dias, a partir da aquisição ou entrega, para se arrepender, cancelar a compra, devolver o produto e pedir o dinheiro de volta, se o negócio foi feito a distância (por internet ou telefone). Verificar antecipadamente a política de trocas da empresa pode auxiliar na decisão.
Outra dica da Fundação Procon-SP é consultar a . Por fim, o órgão recomenda cuidado ao clicar em links e ofertas recebidas por e-mail ou redes sociais. O consumidor deve consultar sempre a página oficial da loja.
Do Portal do Governo SP
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Inflação tem alta de 0,16% em setembro; acumulado no ano é o menor desde 1998
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de setembro com variação de 0,16%, abaixo dos 0,19% de agosto. Nos primeiros nove meses do ano, o índice acumula variação de 1,78%, bem abaixo dos 5,51% registrados em igual período de 2016. Esta é a menor taxa acumulada setembro desde 1998, quando registrou-se 1,42%.
O IPCA, inflação oficial do país, foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice apresentou alta acumulada nos últimos 12 meses de 2,54%, resultado superior aos 2,46% registrados nos 12 meses anteriores. No entanto, o índice está bem abaixo da meta fixada pelo Banco Central, de 4,5%. Em setembro de 2016, o IPCA havia registrado variação de 0,08% no mês.
Em setembro, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, somente alimentação e bebidas (-0,41%) e habitação (-0,12%) apresentaram deflação. Nos grupos com alta de preços destacam-se transportes, com 0,79% de variação.
Combustíveis evitam queda maior
A alta dos combustíveis, de 1,91% no mês, impediram uma queda ainda maior no IPCA de setembro. O litro da gasolina subiu 2,22% em relação ao mês anterior. A subida é decorrente da nova política de reajuste de preços dos combustíveis, quase que diário, implementado pela Petrobras nos últimos meses. A empresa tem acompanhando a volatilidade dos preços no mercado externo.
A alta dos combustíveis puxou a inflação de 0,79% no grupo transportes, que impactou o índice do mês em 0,1 ponto percentual. As passagens aéreas, com 0,07ponto percentual de impacto no índice, também apresentaram alta significativa entre agosto e setembro: 21,9%.
Alimentação em queda
A avaliação do IBGE é de que a safra recorde verificada no primeiro semestre do ano vem sendo determinante para a queda nos preços dos alimentos. Com deflação de 0,41%, de agosto para setembro, o grupo registrou queda pelo quinto mês consecutivo, embora neste mês tenha sido menos intensa que a registrada em agosto (-1,07%).
Os alimentos para consumo em casa passaram de -1,84% em agosto para -0,74% em setembro, sob influência de itens importantes no consumo das famílias como as carnes (que passaram de -1,75% em agosto para 1,25% em setembro) e as frutas (de -2,57% em agosto para 1,74% em setembro).
Por outro lado, vieram em queda o tomate (-11,01%), o alho (-10,42%), o feijão-carioca (-9,43%), a batata-inglesa (-8,06%) e o leite longa vida (-3,00%). Já a alimentação fora de casa teve alta de 0,18%.
Já em habitação, o único outro grupo com baixa além de alimentação e bebidas, a deflação de 0,12% foi motivada pela conta de energia elétrica, em média 2,48% mais barata. O motivo da baixa de bandeira tarifária, que passou da vermelha, em agosto (adicional de R$ 0,03 a cada Kilowatt-hora consumido), para a amarela, a partir de 1º de setembro, com pagamento de mais R$ 0,02 a por Kwh consumido.
Ainda no grupo habitação, se destacaram as variações no gás de botijão (4,81%) e na taxa de água e esgoto (0,28%). No primeiro, há o reflexo do reajuste de 12,20%, em média, no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg, em vigor desde 6 de setembro.
Resultado por região
Entre as 13 regiões pesquisadas pelo IBGE, sete apresentaram taxas de inflação superior à média nacional de 0,16%. A maior alta do país foi registrada na Região Metropolitana de Vitória, com 0,54% de elevação, índice superior ao IPCA do mês em 0,38 ponto percentual.
Também fecharam com taxas maiores do que a média nacional Belém e Campo Grande, ambas com 0,33%; Salvador e Belo Horizonte, ambas com 0,24%; Brasília (0,22%) e São Paulo (0,19%).
A Região Metropolitana de Fortaleza fechou com inflação de 0,16%, igual, portanto à média nacional, e outras cinco fecharam setembro com taxas abaixo da média: Curitiba (0,14%), Rio de Janeiro (0,13%), Porto Alegre (0,07%), Goiânia (0,04%) e a Região Metropolitana de Recife, a única a fechar com deflação (-0,26%).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Edição: Lidia Neves
09/10/2017
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Metade dos brasileiros está com empréstimo ou financiamento atrasado
Levantamento aponta que 50% dos consumidores brasileiros atrasaram as parcelas de empréstimos ou financiamentos no mês de agosto. Desse total, 34% tiveram atrasos ao longo do contrato e 16% estavam com parcelas pendentes no mês. Os dados foram divulgados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.
Entre os entrevistados, 42% recorreram a pelo menos uma forma de crédito em agosto, ante 58% que não fez compras a prazo ou empréstimo. Segundo a pesquisa, 14% contraíram algum empréstimo e têm parcelas a pagar; 18% têm pendentes parcelas de financiamentos.
Nas lojas, considerando apenas quem tentou fazer compra parcelada, 63% tiveram o crédito negado, sendo o motivo principal a inadimplência (24%), seguida por renda insuficiente (11%). A tomada de empréstimos e financiamentos é vista como difícil ou muito difícil por 44% dos consumidores. Para 18%, não é nem fácil nem difícil e, para 15%, fácil ou muito fácil.
Cartão de crédito
O cartão de crédito foi a modalidade mais utilizada, mencionada por 35% dos consumidores. Aparecem em seguida o cartão de loja ou crediário, citado por 13%, o limite do cheque especial (6%), os empréstimos (4%) e os financiamentos (3%).
Entre os usuários do cartão de crédito, 39% notaram aumento do valor da fatura, 26% notaram redução e 31% mantiveram o valor de meses anteriores. O valor médio das faturas em agosto foi R$ 630,59. Os produtos e serviços mais adquiridos foram: 59% alimentos em supermercado, 53% itens de farmácia e remédios, 32% roupas e calçados, 32% combustíveis e 28% bares e restaurantes.
Intenção de gastos
Projetando o orçamento para outubro, a maior parte dos consumidores (59%) pretende cortar gastos, 32% pretendem manter o nível de despesas e 5% querem aumentar os gastos. Entre os que vão diminuir o consumo, 23% mencionaram os altos preços, 17% o desemprego e 8% a redução da renda.
Na lista dos produtos que os consumidores pretendem comprar em outubro estão remédios (23%), roupas, calçados e acessórios (20%), recargas para telefone celular (17%), perfumes e cosméticos (11%), materiais de construção (7%), eletrodomésticos (7%), salão de beleza (6%), artigos de cama, mesa e banho (6%).
Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil
Edição: Valéria Aguiar
09/10/2017
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Custo da construção sobe 0,27% em setembro, diz IBGE
O custo do metro quadrado (m²) na construção, registrado pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), fechou o mês de setembro com alta de 0,27%, ficando 0,04 ponto percentual acima da taxa do mês anterior de 0,23%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador acumulado no ano foi de 2,98% e o acumulado nos últimos doze meses ficou em 4,25%, apenas 0,01 ponto percentual maior que os 4,24% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2016, o índice foi 0,26%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, em setembro, foi de 1.057,99, sendo 539,52 relativos aos materiais utilizados e 518,47 provenientes do gasto com mão de obra. Em agosto, o custo havia fechado em R$ 1.055,18. Segundo o IBGE, pesou na elevação o dissídio coletivo do setor da construção civil no Pará, o que aumentou as despesas com mão de obra no estado.
O Pará foi a região que teve a maior taxa de variação do país em setembro (1,47%), segundo o pesquisador do IBGE Augusto Oliveira. “Na variação de mão de obra observamos aumento significativo apenas no estado do Pará, onde tivemos dissídio coletivo. É um estado que tem pouco impacto no índice nacional. Como vínhamos registrando um maior número de dissídios nos outros meses, essa foi a taxa mais baixa dos últimos seis meses”, disse.
No índice nacional, teve maior impacto a variação do custo dos materiais, outro componente do Sinapi. O motivo foi o aumento de preços nos estados do Acre, Bahia, Distrito Federal, Ceará e Maranhão, que, em sua maioria, registraram alta nas despesas com o segmento relacionado ao cimento.
Com alta na parcela dos materiais em 4 estados, e com a variação captada na mão de obra no estado do Pará, consequência de reajuste salarial de acordo coletivo, a Região Norte apresentou a maior variação regional em setembro, 0,66%.
Este mês todos as regiões apresentaram taxas positivas, conforme a seguir: 0,39% (Nordeste), 0,10% (Sudeste), 0,19% (Sul) e 0,34% (Centro-Oeste).
Os custos regionais, por metro quadrado, foram para: R$ 1.059,63 (Norte); R$ 982,83 (Nordeste); R$ 1.104,79 (Sudeste); R$ 1.100,68 (Sul) e R$ 1.061,59 (Centro-Oeste).
Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Edição: Maria Claudia
09/10/2017