Agência FAPESP – O fará sua 1a chamada pública para projetos de pesquisa científica nas áreas de ciências da computação, ciências da terra, ciências da vida, engenharias, física, matemática e química.
O lançamento oficial da chamada ocorrerá no dia 19 de julho, durante a 69a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Belo Horizonte. O conteúdo da chamada estará disponível para consulta no site e as inscrições terão início na primeira metade de agosto.
O Instituto Serrapilheira é uma associação civil sem fins lucrativos de apoio à pesquisa nos campos das ciências da vida, das ciências físicas, das engenharias e da matemática. Com sede no Rio de Janeiro, o instituto vai operar com recursos oriundos de um fundo patrimonial constituído por doação de Branca e João Moreira Salles no valor de R$ 350 milhões. Seu orçamento será de cerca de R$ 16 milhões anuais, correspondente ao ganho real estimado da aplicação financeira dos recursos do fundo.
O Serrapilheira foi criado para identificar e apoiar projetos de pesquisa e divulgação científica realizados no Brasil. Num primeiro momento, serão selecionados 70 projetos com seed grants de até R$ 100 mil. Depois de um ano, de 10 a 20 projetos dentre os 70 iniciais serão contemplados com aportes de até R$ 1 milhão para três anos de pesquisa. Uma parte desse aporte será condicionada ao cumprimento de critérios de diversidade. O objetivo é incentivar o treinamento de pesquisadores que façam parte de minorias por cientistas de excelência.
O principal critério de seleção será a excelência da pesquisa; os critérios de elegibilidade serão idade científica do postulante (poderão se inscrever apenas aqueles que obtiveram o título de doutor a partir de 2007) e vínculo com instituições brasileiras.
“Com esta primeira chamada, queremos identificar e apoiar os melhores jovens pesquisadores no Brasil, aqueles que estejam fazendo as grandes perguntas dos seus campos”, afirma Hugo Aguilaniu, diretor-presidente do Serrapilheira. E conclui: “O instituto não terá preferência por ciência pura ou aplicada, nem deixará de apoiar projetos de pesquisa arriscados, nos quais o pesquisador audacioso nem sempre será bem-sucedido”.
Um Conselho Científico formado por 12 cientistas que atuam no Brasil e no exterior avaliará os projetos encaminhados e divulgará os resultados até o final de 2017.
Mais informações podem ser obtidas no do instituto.