O consumidor brasileiro acredita que a taxa de inflação ficará em 5,7% nos próximos 12 meses. O dado é de pesquisa de outubro feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cujo resultado é calculado com base na seguinte pergunta: “Na sua opinião, de quanto será a inflação brasileira nos próximos 12 meses?”.
Em setembro, a expectativa dos consumidores era de uma taxa de 5,6%. Em outubro do ano passado, a taxa era de 6,4%.
Segundo o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV, o resultado mostra que, apesar de uma elevação das expectativas do mercado para o próximo ano, o consumidor continua mantendo expectativa de inflação estável.
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto
23/10/2018
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou alta de preços de 0,58% em outubro. A taxa é superior ao 0,09% de setembro e ao 0,34% de outubro de 2017. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado da prévia, o IPCA anota taxas de 3,83% no ano e de 4,53% em 12 meses, acima dos 4,28% acumulados em 12 meses até setembro.
Alimentos e transportes pesam na inflação
Os grupos que mais contribuíram para o aumento do IPCA-15 de setembro para outubro foram alimentação e transportes.
Os alimentos, que tinham registrado deflação (queda de preços) de 0,41% na prévia de setembro, passaram a ter uma inflação de 0,44% na prévia de outubro.
O resultado foi influenciado pela alta nos preços de alimentos como tomate (16,76%), frutas (1,90%) e carnes (0,98%).
Já a inflação dos transportes subiu de 0,21% na prévia de setembro para 1,65% na prévia de outubro, por causa principalmente da gasolina, que teve o maior impacto individual do IPCA-15 com um aumento de preços de 4,57%.