A alimentação saudável é uma das principais aliadas à prevenção de doenças e à manutenção da saúde, englobando os aspectos nutricionais, culturais e sociais. Para promover a abordagem sobre esse tema, o Ministério da Saúde publicou o “Guia Alimentar para a População Brasileira”, em que constam diversas informações e recomendações sobre as refeições.
De acordo Daniela Pereira Rossetti, diretora da Qualidade do Bom Prato, programa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, é imprescindível que profissionais da área adaptem as recomendações às condições específicas de cada pessoa.
“O ‘Guia Alimentar’ incentiva práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo, bem como para subsidiar políticas, programas e ações que visem a incentivar, apoiar, proteger e promover a saúde e a segurança alimentar e nutricional da população”, explica a nutricionista.
Confira dez passos para uma alimentação adequada e saudável, recomendados pelo Mistério da Saúde.
1 – Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base das refeições
Em grande variedade e predominantemente de origem vegetal, alimentos in natura ou minimamente processados são a base ideal para uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa, culturalmente apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável.
Variedade significa alimentos de todos os tipos (grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes) e diversificação dentro de cada tipo: feijão, arroz, milho, batata, mandioca, tomate, abóbora, laranja, banana, frango e peixes, entre outros.
2 – Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias
Usados com moderação em preparações culinárias com base em alimentos in natura ou minimamente processados, óleos, gorduras, sal e açúcar contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem torná-la nutricionalmente desbalanceada.
3 – Limitar o consumo de alimentos processados
Os ingredientes e métodos utilizados na fabricação de alimentos processados (como conservas de legumes, compota de frutas, pães e queijos) alteram de modo desfavorável a composição nutricional dos alimentos dos quais derivam. Em pequenas quantidades, podem ser consumidos como ingredientes de preparações culinárias ou parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.
4 – Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados
Devido a seus ingredientes, alimentos ultraprocessados (como biscoitos recheados, “salgadinhos de pacote”, refrigerantes e “macarrão instantâneo”) são nutricionalmente desbalanceados. Por conta da formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados. Suas formas de produção, distribuição, comercialização e consumo afetam de modo desfavorável a cultura, a vida social e o meio ambiente.
5 – Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia
Procure fazer suas refeições em horários semelhantes todos os dias e evite “beliscar” nos intervalos entre as refeições. Coma sempre devagar e desfrute o que está comendo, sem se envolver em outra atividade.
Procure comer em locais limpos, confortáveis e tranquilos e onde não haja estímulos para o consumo de quantidades ilimitadas de alimento. Sempre que possível, coma em companhia, com familiares, amigos ou colegas de trabalho ou escola.
A companhia nas refeições favorece o comer com regularidade e atenção, combina com ambientes apropriados e amplia o desfrute da alimentação. Compartilhe também as atividades domésticas que antecedem ou sucedem o consumo das refeições.
6 – Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados
Procure fazer compras de alimentos em mercados, feiras livres e feiras de produtores e outros locais que comercializam variedades de alimentos in natura ou minimamente processados. Prefira legumes, verduras e frutas da estação e cultivados localmente. Sempre que possível, adquira alimentos orgânicos e de base agroecológica, de preferência diretamente dos produtores.
7 – Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias
Se você tem habilidades culinárias, procure desenvolvê-las e partilhá-las, principalmente com crianças e jovens, sem distinção de gênero. Se você não tem habilidades culinárias – e isso vale para homens e mulheres –, procure adquiri-las. Para isso, converse com as pessoas que sabem cozinhar, peça receitas a familiares, amigos e colegas, leia livros, consulte a internet, eventualmente faça cursos e… comece a cozinhar!
8 – Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece
Organize as compras de alimentos, planeje a despensa doméstica e defina com antecedência o cardápio da semana. Dívida com os membros de sua família a responsabilidade por todas as atividades domésticas relacionadas ao preparo de refeições.
Faça da preparação de refeições e do ato de comer momentos privilegiados de convivência e prazer. Reavalie como você tem usado o seu tempo e identifique quais atividades poderiam ceder espaço para a alimentação.
9 – Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora
No dia a dia, procure locais que servem refeições feitas na hora e a preço justo. Restaurantes de comida a quilo podem ser boas opções, assim como refeitórios que servem comida caseira em escolas ou no local de trabalho. Evite redes de fast food.
10 – Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais
Lembre-se de que a função essencial da publicidade é aumentar a venda de produtos e não informar ou, menos ainda, educar as pessoas. Avalie com crítica o que você lê, vê e ouve sobre alimentação em propagandas comerciais e estimule outras pessoas, particularmente crianças e jovens, a fazer o mesmo.
Do Portal do Governo SP