Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Estão abertas, até 30 de junho de 2018, as inscrições para a , que será realizada de 16 a 26 de outubro, em Ilhabela (SP). O evento, com apoio da FAPESP por meio da modalidade (ESPCA), coordenado pelo Instituto Oceanográfico da USP, tem 80 vagas para alunos de pós-graduação e jovens pesquisadores, sendo 40 para brasileiros e 40 para estrangeiros. Para manutenção dos estudantes selecionados que venham de outras cidades, estados e países, os benefícios oferecidos são passagens aéreas e diárias na cidade que sediará a escola.
A Escola São Paulo de Ciência Avançada do Metano vai tratar de descobertas recentes sobre a origem e a biogeoquímica do metano, a oxidação anaeróbia do gás e sua produção em ambientes terrestres e marinhos. O metano, potente gás do efeito estufa, é encontrado, inclusive, em ambientes extremos.
Além disso, os alunos debaterão também a aplicação desse conhecimento para a produção de bioenergia, gerenciamento de reservatórios de hidrelétricas, aterros sanitários e agricultura.
“Vamos abordar tanto a questão micro quanto a macro da ciência do metano, desde os microrganismos que produzem e consomem o metano, passando a como eles se relacionam com os diferentes ambientes, que impacto essa relação tem com os padrões de emissão na atmosfera, por exemplo, até chegar à escala global”, disse , professora do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro do comitê organizador da escola.
Além de trazer o que há de mais atual sobre a ciência do metano, a escola reunirá especialistas de diferentes áreas. Professores de renome como Antje Boetius, da Universidade de Bremen (Alemanha); Brendan Bohannan, da Universidade do Oregon (EUA); Paul Bodelier, do Netherlands Institute of Ecology in Wageningen, e Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP, dentre outros, estarão presentes. “Teremos uma abordagem bastante interdisciplinar da ciência do metano. Sabemos que o metano é gerado em várias atividades humanas e que houve um aumento dessa geração. A maior parte do metano encontrado na atmosfera é produzida biologicamente”, disse Nakayama.
Os participantes terão ainda a oportunidade de fazer visitas técnicas ao navio oceanográfico Alpha-Crucis e a diferentes projetos relacionados ao estudo do metano realizados no Centro de Energia Nuclear.
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