As doenças transmitidas pelos insetos, também conhecidas como “arboviroses”, exigem diversos cuidados para serem evitadas, principalmente com a chegada da época mais quente do ano. Para isso, os paulistas devem conhecê-las e se preparar para o combate à dengue, chikungunya e febre amarela.
Especialistas alertam que, em razão de a época do ano ser um período quente e com pancadas de chuva frequentes, os insetos transmissores dessas enfermidades aumentam a velocidade de reprodução.
“Por causa do clima, existe a possibilidade de maior proliferação do mosquito. Assim, devemos antecipar um pouco as ações de combate neste ano”, revela o infectologista Marcos Boulos. O médico reforça que o Aedes aegypti também transmite os vírus da zika e chikungunya, representando potencial transmissor da febre amarela.
Diversos estudos constataram que o mosquito passa por alterações em prazos curtos, com mudanças de tamanho e formato da asa, segundo as estações do ano. “O patrimônio genético do inseto é dinâmico. Isso significa que a espécie conta com potencial elevado para se modificar”, salienta o pesquisador Lincoln Suesdek.
Treinamentos
De acordo com uma diretriz do Sistema Único de Saúde (SUS), o trabalho de campo para combater o mosquito é de responsabilidade principalmente das prefeituras. Em contrapartida, o Governo Estadual presta auxílio com treinamentos técnicos, além do apoio do efetivo da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) para ações de nebulização.
O órgão é responsável pelo controle das questões sanitárias que atingem a população, como o controle de dengue, febre amarela, malária, doença de chagas, leishmaniose e esquistossomose. Os profissionais da Sucen ajudam as administrações municipais nas iniciativas para matar os insetos em fase adulta e eliminar os focos nas casas.
“Para evitar a proliferação do mosquito é fundamental eliminar focos e criadouros. O uso de produtos químicos é insuficiente para o controle do inseto”, enfatiza o especialista Dalton Pereira da Fonseca Jr., superintendente da Sucen.
Ainda segundo os profissionais da área, o apoio dos cidadãos representa um passo fundamental para evitar focos de transmissão da dengue, uma vez que aproximadamente 80% dos criadouros estão em residências. Por isso, armazenar água de forma incorreta, deixar algum vão na caixa d’água ou esquecer recipiente no quintal são os principais motivos que fazem das casas os principais criadouros do animal, que prefere água parada e limpa.
Do Portal do Governo SP
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